Blog da Pier

É hora de deixar os colaboradores trabalharem de qualquer lugar? Na Pier sim!

“Um homem precisa viajar. Por sua conta, não por meio de histórias, imagens, livros ou TV. Precisa viajar por si, com seus olhos e pés, para entender o que é seu. Para um dia plantar as suas árvores e dar-lhes valor. Conhecer o frio para desfrutar o calor”. 

(Amyr Klink, navegador)

Dar a volta ao mundo, morando em uma série de países diferentes ao longo do tempo, e gerenciar uma equipe em paralelo. Estar no meio da roça, ouvindo o som das galinhas cacarejarem e criando artes visuais para o trabalho. Atender clientes do Brasil inteiro do outro lado da tela de um computador em Salvador.

Essas histórias existem e fazem parte do universo da Pier. E só são possíveis porque na empresa acreditamos verdadeiramente no conceito e na prática do trabalho remoto, ou trabalho “distribuído” como costumamos dizer por aqui.

No trabalho distribuído não há um lugar fixo onde os colaboradores se reúnem, nem reuniões realizadas no escritório ou gestão vertical na maior parte dos casos. É preciso, portanto, aprender e aprimorar o tempo todo a forma de se trabalhar e  também as ferramentas utilizadas.

Na Pier, trabalhamos com autonomia e flexibilidade, mas para que isso funcione bem, precisamos de muita responsabilidade por parte de quem adere ao trabalho distribuído. Estar distribuído é poder escolher o lugar no qual você prefere realizar seu trabalho, mas também é estar conectado às tarefas, valores e outros membros da empresa. O lugar onde está não deve fazer diferença na realização das tarefas do dia a dia.

E o fato é que, paralelo à necessidade cada vez mais atual dos profissionais conciliarem vida pessoal e sonhos com a vida profissional, a Pier decidiu aderir a esta nova possibilidade de se trabalhar, e temos muito orgulho de contar esta experiência aqui no blog, afinal, trabalho distribuído tem tudo a ver com confiança. E confiança é a base de nossa cultura!

 

Para começar, uma reflexão sobre o “distribuído”

Antes de falar só em trabalho, vamos pensar sobre o conceito do “distribuído”? O que aconteceria, por exemplo, se houvesse uma Terceira Guerra Mundial ou uma Catástrofe nuclear no mundo? Como poderíamos proteger nossas informações para que elas pudessem se manter? A resposta: distribuindo.

A imagem a seguir foi criada por Paul Baran para a Rand Corporation, e tenta mostrar a força do distribuído no mundo. Perceba que todos os pontos continuam no mesmo lugar, o que muda é a forma de comunicação, assim como acontece quando falamos em trabalho distribuído!

Imagem que explica o trabalho centralizado, descentralizado e distribuído

Imagem criada por Paul Baran para a Rand Corporation.

E agora um pouco do que dizem por aí

Falar em trabalho distribuído é falar muito em teoria. Provavelmente você não conhece muitas empresas ao seu redor que tenham aderido ao conceito na prática, não é? Mas alguns exemplos merecem ser ressaltados.

Recentemente, a Harvard Business Review publicou um artigo com um título questionador: “É hora de deixar os colaboradores trabalharem de qualquer lugar?”. O texto continha resultados do case contado por pesquisadores da Harvard Business School e da Northeastern´s D’Amore-McKim School of Business, relacionado especialmente à experiência de funcionários do escritório de patentes e marcas comerciais dos Estados Unidos (USPTO) que, durante 4 anos, haviam trabalhado em home office e também de qualquer canto do mundo (WFA – ou Working From Anywhere).

O estudo mostrou aumento de 4,4% na produtividade de quem trabalhou de forma distribuída, eliminando totalmente a existência de um local fixo de trabalho, podendo significar uma adição de até US$ 1,3 bilhão à economia americana por ano.

O CEO da Automattic, Matt Mullenweg, a companhia por trás de WordPress.com, Jetpack e WooCommerce, também explica neste vídeo do TED que os mais de 800 funcionários da empresa trabalham de qualquer lugar, estando distribuídos em 67 países, incluindo Canadá, México, Índia e Nova Zelândia.

“Eles são nômades. Seja em trailers ou Airbnb’s, estão em novos lugares todos os dias, semanas ou meses. E contanto que tenham um bom Wi-Fi, não nos preocupamos com o lugar em que trabalham.”, conta.

Google — E o Google, também recentemente, publicou os resultados de um estudo de dois anos intitulado “Working together when We are not together”, relacionado ao trabalho distribuído. Bem, vale dizer que, na empresa, pelo menos 30% das reuniões acontecem remotamente e em fusos horários diferentes, o que nem sempre é fácil de conciliar, e 2 a cada 5 times possuem googlers localizados em algum outro lugar do globo! (Há muitas semelhanças com a Pier, você vai ver!)

Nesta pesquisa específica, o Google não descobriu diferenças de performance ou bem-estar relacionadas a colaboradores que passavam o dia a dia no escritório ou fora dele. Ou seja, apesar das diferenças de fuso horário, não houve queda na produtividade. E a empresa compilou resultados e dicas em alguns playbooks para empreendimentos que querem inovar como a Pier está fazendo. Confira aqui!

Fonte: Google

E na Pier?

Na Pier,  as reuniões na Pier são feitas online na maior parte das vezes, mesmo entre os membros que estão no mesmo espaço físico. Veja só alguns pontos que adotamos:

Nossas crenças sobre o trabalho distribuído

Na Pier a adoção do trabalho distribuído é fundamentada por nossa vontade de transformar o mundo e quebrar paradigmas. Sabemos que nem todos os colaboradores que buscamos estão no espaço próximo a nós. Por esta razão, adotar novas práticas, possibilitando às pessoas trabalharem e viverem em outros locais, foi algo que decidimos adotar como parte de nossa cultura, que é baseada em confiança.

Por aqui, aderimos ao movimento officeless, que considera que o trabalho remoto – ou distribuído – não é apenas fazer com que as pessoas do time se adaptem a uma nova realidade, mas se envolvam em todas as etapas do processo, revendo e incorporando valores constantemente.

 

Procuramos estreitar os laços

Também acreditamos que é possível estreitar os laços entre os distribuídos, e para isso os próprios distribuídos realizam “cafés e happy hours virtuais” entre si. Também já cantamos parabéns para os aniversariantes do mês que estão no escritório ou em qualquer lugar do mundo.

Quando realizamos algo no escritório, também chamamos os distribuídos e combinamos um horário para que possam estar presentes no momento e participar através do computador. Nesse momento ligamos as webcams e todos têm acesso aos acontecimentos independente de onde estejam. Já chegamos, inclusive, a realizar uma meditação guiada entre os presentes no escritório e os distribuídos!

 

Como tudo começou

O trabalho distribuído começou na Pier por meio da Érica, nossa content designer, mais conhecida como Kika. Procurávamos alguém que pudesse entender a cultura da Pier e transmiti-la através da nossa comunicação, e a Kika parecia ser a pessoa ideal. Só que a Kika não estava em São Paulo. Ela havia se mudado com o noivo para Viçosa, em Minas Gerais, mais propriamente na zona rural! O que fazer então?

Nossa proposta foi realizar uma experiência. Durante alguns dias no mês, a Kika estaria em São Paulo na empresa, e durante todo o restante ela poderia ficar em Viçosa. As reuniões seriam online. Se deu certo? Lá se vão quase 11 meses e muito trabalho criativo feito de forma distribuída quase o tempo inteiro!

 

E então vieram mais distribuídos

Depois, tivemos a alegria de encontrar nosso primeiro lover distribuído, Lucas Nunes, que fica em Salvador, Bahia. O Lucas começou na Pier como membro, adquirindo um seguro para seu smartphone. Gostou tanto que começou a recomendar para todo mundo. Até que viu a nossa vaga e resolveu tentar. “A chamada da vaga era algo como: “Você é uma pessoa que gosta de ajudar os outros? Estamos precisando de você”, e eu achei que tinha tudo a ver.”, conta.

No começo, o Lucas ficou preocupado porque nunca tinha tido a experiência de trabalhar distribuído. “Mas penso que a gente é tão bem engajado em querer trazer pessoas boas e responsáveis aqui na Pier, que percebi que isso tinha a ver com confiança. Comecei a desenvolver o trabalho e tenho gostado muito da experiência.”

Ele conta que, para atender bem, imagina que o problema poderia ser com ele. “Neste caso, gostaria que as coisas fossem resolvidas da forma mais descomplicada possível. Por isso, apesar da distância física, tento realmente estar próximo do cliente, não é um atendimento robótico.”, diz.

E então vieram mais distribuídos, porque começamos a perceber que essa forma de trabalho pode ser incrível para a empresa e para quem trabalha nela.

Hoje temos piers distribuídos de forma fixa, mas toda a equipe se movimenta como quiser. O Igor, desenvolvedor, trabalha com a gente, mas mora em Recife com seus 5 cachorros. O Wanderley também é da mesma área e, por coincidência, fica igualmente em Recife. A Chell (designer que criou as artes lindas deste artigo) fica em São José dos Campos. E a Jana (esta que vos escreve) também está sempre para lá e para cá. E assim como vai aumentando o número de distribuídos, também estamos focados em entender cada vez mais esta nova forma de trabalho, apostando nas melhores práticas e aprendendo a cada dia.

 

Disrupção com base em confiança

Na Pier apostamos em disrupção. Desde o início, quando a empresa foi pensada, nossa ideia é transformar a relação das pessoas com a indústria de seguros. É com esse objetivo que acordamos todos os dias buscando fazer o nosso melhor. Mas entendemos que mudar a realidade também deve ser um conceito enraizado e colocado em prática em tudo que fazemos internamente. Acreditar em trabalho distribuído é apostar em confiança no time que nos ajuda a construir confiança no mercado. E é por isso, é claro, que faz todo sentido para a gente!

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