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De Sorocaba para a NASA: Conheça a história de Flávio Altinier

Flávio Altinier nasceu e cresceu em Sorocaba. E desde a infância na cidade do interior, sempre quis ser piloto de caça. Mas algumas coisas mudaram no meio do caminho e, no lugar da Força Aérea Brasileira, ele foi parar na NASA, a agência do governo americano que responde pela pesquisa e desenvolvimento de tecnologias e programas de exploração espacial. Hoje, Flavinho, como é carinhosamente chamado nosso Data & Risk Lead, compartilha todo conhecimento adquirido. “De uma certa maneira, em uma startup você meio que constrói o avião e depois aprende a lidar com ele, porque você não sabe pousar, não sabe virar, mas vai aprendendo com o tempo!”, brinca. Confira o depoimento inspirador!

“Nasci e cresci em Sorocaba e sempre tive o sonho de ser piloto de caça. Desde criança eu queria entrar para a Força Aérea Brasileira e me preparei bastante para isso. Quando chegou o momento, em 2011, eu consegui entrar como cadete aviador. Só que a experiência não foi bem o que eu esperava. Logo que você entra lá são 40 dias de regras militares e é bem pesado, até com momentos de privação de sono e afins. Então eu comecei a questionar se era isso que eu queria mesmo para a minha vida e comecei a perceber que eu queria uma pegada um pouco mais divertida. Eu gosto de ter liberdade para trabalhar, faz parte do meu perfil.

É claro que desistir na Força Aérea foi um choque, porque eu cresci acreditando nisso e com duas semanas de Academia acabei desistindo e voltei pra casa. A Academia era em Pirassununga e meus pais na época estavam em Campinas, então fui para Campinas.

Isso foi em fevereiro ou março daquele ano e eu voltei para o cursinho começando a me questionar sobre o que iria fazer. Eu sempre gostei muito de exatas, sempre foi a área em que me dava melhor e sempre gostei muito de computador. Aí fiquei sabendo que a Unicamp, que era perto da minha casa, era uma das melhores da América Latina. Foi então que resolvi prestar Engenharia da Computação em 2012 e passei. Nesta hora eu realmente me encontrei, nunca tinha programado e no primeiro semestre eu já me senti maravilhado.

Foi dentro da própria Unicamp que eu fiz iniciação científica e tive o primeiro contato com Data Science e Machine Learning. Tínhamos um projeto relacionado a expressões faciais que eu adorei. Quando terminei a iniciação científica, apliquei para os Estados Unidos e fui para Cornell. Era uma “graduação sanduíche” e lá eu tentei focar em algumas coisas que eu não teria oportunidade de fazer na Unicamp. Estudei desde astronomia até relações humanas e comunicações, já que tinha que fazer algumas matérias obrigatórias e outras optativas.

Descobrindo quem era o Flávio

Além da questão acadêmica, penso que tive um grande crescimento pessoal no semestre que passei em Cornell. E isso veio essencialmente dos clubes nos quais eu entrei. Foi quando eu realmente descobri quem era o Flávio. Participei de clubes diversos, desde malabarismo até cuidados com animais. E descobri que gosto de cinema, que é algo que quero voltar a fazer, até tentar me voltar a direção de curtas como um hobby mesmo. E foi lá que tudo começou!

E quando estava nos Estados Unidos, descobri que a NASA tinha um programa que possibilitava a estudantes do mundo inteiro irem para lá fazer estágio. Aqui fazemos estágio durante a faculdade, mas lá era durante as férias. Então foi aberto um edital com vagas para brasileiros e eu me inscrevi e passei. Era um estágio de 10 semanas.

Estágio na NASA

Em dezembro daquele ano fui para a NASA trabalhar com Data Science. Tinha que fazer uns relatórios de riscos que até então eram manuais, e o objetivo era estudar padrões silenciosos relacionados a riscos, desde um cachorro no meio da pista até um trem de pouso danificado. Foi a maior experiência profissional da minha vida e, além de tudo, víamos o tempo todo satélites e astronautas. No final foi interessante descobrir alguns padrões. Descobrimos, por exemplo, que havia muitos acidentes com aves em determinadas épocas do ano.

Terminando o estágio, eu voltei para o Brasil para terminar a graduação. Na época, tinha um amigo que trabalhava no Ifood e me indicou. Fui para lá como estagiário de Data Science. Foi no final de 2016. Foi um pequeno choque para mim porque foi muito diferente da Academia. E senti um pouco de falta de desenvolvimento, de sentar, colocar o fone de ouvido e desenvolver códigos. Então eu fui para a área de software Engineering e fiquei um ano em cada área por lá.

E então veio a Pier

Foi então que um amigo me apresentou o Igor (fundador da Pier) em setembro de 2018. Havia apenas 5 funcionários aqui, eu fui o 6º. Entrei na Pier como Data engineer porque nossa proposta sempre foi muito voltada a ter muitos processos baseados em Data. Mas também tive um papel bastante forte de software engineer aqui. Imagine que éramos poucos fazendo de tudo, então eu me dividia entre as tarefas. Teve uma semana que aconteceu de tudo. Tive que programar, discutir a arquitetura da nova sala e até ajudar a montar móveis (risos).

É engraçado como a empresa tem crescido rápido e agora tenho desafios de gestão além de colocar a mão na massa. De uma certa maneira, em uma startup você meio que constrói o avião e depois aprende a lidar com ele, porque você não sabe pousar, não sabe virar, mas vai aprendendo com o tempo!”.

Quer trabalhar na Pier? Confira nossa página de carreiras: https://www.pier.digital/carreiras

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