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Como é ser um Product Manager distribuído? O Aíquis conta!

Na Pier, nós apoiamos o trabalho distribuído e investimos em uma cultura que permite que cada pessoa da equipe esteja em qualquer lugar do mundo trabalhando normalmente. Temos, inclusive, um artigo falando sobre o tema. Dá uma olhada! 

Em nossa equipe de 65 pessoas, cerca de 20 estão espalhadas por todo o Brasil, incluindo o Aíquis Gomes, que é Product Manager (PM) do squad de customer e fica em Niterói, no Rio de Janeiro. Neste squad, a missão é encantar e garantir a experiência dos membros dentro da Pier.

O Aíquis é formado em Sistemas de Informação pela UFF e está concluindo o mestrado em Ciência da Computação com foco em Ciência de Dados no CEFET/RJ. Ele contou pra gente que muitas pessoas perguntam como é trabalhar como um PM de forma distribuída. 

A curiosidade é natural, afinal de contas, a Pier é uma das poucas empresas que investem para tornar este esquema de trabalho tão natural quanto o esquema presencial. É claro, porém, que toda liberdade pressupõe responsabilidade ainda maior, por isso o esforço da equipe em fazer dar certo é constante. 

A seguir, o Aíquis conta como um pouco de sua rotina trabalhando como product manager na Pier. Inspire-se!

“Para mim ser um Product Manager é primariamente ser uma pessoa que gosta de resolver problemas e de estar aprendendo o tempo todo, seja sobre a sua empresa, o mercado em que você está inserido, seu usuário, etc. Como PM, nós não somos as pessoas que “botam a mão na massa” para escrever código ou desenhar telas que o usuário vai ver e usar, mas somos os responsáveis por garantir que as coisas que estão sendo construídas façam sentido e resolvam um problema ou dor real do nosso usuário.

Quando eu descobri a carreira de Product Manager, lá no Esporte Interativo em 2015, não era algo que eu pensava em fazer inicialmente. Mas trabalhando com Business Intelligence (BI), eu interagia muito com as pessoas de produto e tinha muita liberdade para opinar e ajudar nas decisões. Acabou que, naturalmente, pelo meu background de tecnologia, acabei cada vez mais assumindo coisas que eram relacionadas à área de produto até resolver “migrar” 100% para produto em 2018, quando fui para a Ingresso.com. Não dá para dizer que eu planejava, mas depois de conhecer, fui cada vez gostando mais e hoje não me vejo fazendo outra coisa.

 

Distribuído em Niterói

Eu trabalho distribuído de Niterói. Uma das coisas que eu particularmente gosto de ser PM é que não temos uma rotina em relação a atribuições de trabalho, os dias são muito heterogêneos. Entre as atividades do dia a dia estão: remover impedimentos que possam estar atrapalhando o time, criação e refinamento de histórias, análise de métricas e testes, desenvolvimento de ideias, conversas com stakeholders e leitura de reviews/feedbacks de usuários, etc.

Como boa parte do meu time também está distribuída, o trabalho é facilitado, pois trazemos as dinâmicas que geralmente ocorrem num ambiente físico para o mundo online e para a gente funciona super bem. Eu achei que teria maiores dificuldades pela função de PM demandar falar muito com as pessoas, sejam as do time, do resto da empresa ou usuários do produto (nossos queridos membros <3), mas como somos uma empresa com práticas que incentivam e colaboram com esse jeito de trabalhar, isso fica mais fácil, pois pensamos em tudo para primariamente funcionar dessa maneira. E como nossos membros também estão espalhados pelo Brasil todo não temos barreiras para estar em contato com eles :D.

 

Limites e rituais

Sobre trabalhar distribuído, umas das coisas que eu acho mais importante é ter uma rotina mínima para não se perder. É muito fácil a gente se distrair ou “esquecer” de parar de trabalhar se não houver esse tipo de coisa. Como eu trabalho no meu quarto mesmo, preciso ter uma série de rituais para dizer para minha mente “agora começou o horário de trabalho”. Então, ao acordar, eu sempre arrumo a cama, tomo um banho e boto uma roupa normal (nada de pijama) para começar o expediente.

Também faço as refeições longe do computador para desligar um pouco. Fazer atividade física antes ou depois do trabalho também me ajuda tanto a desconectar quanto no aspecto social, de sair de casa e ver pessoas, porque o trabalho distribuído pode ser muito solitário às vezes.

Trabalhar distribuído tem muitos pontos positivos e muitas dificuldades (risos). Os pontos positivos para mim são a liberdade de trabalhar de qualquer lugar. Como eu tenho uma namorada em outro estado isso é muuuuuito positivo! Também não precisar perder tempo diariamente com transporte entre casa e trabalho e tenho muito menos interrupções do que normalmente se tem quando se trabalha em um escritório (principalmente na Pier, pois as pessoas respeitam muito o tempo uma da outras).

 

Foco e disciplina

Os pontos negativos estão mais relacionados às interações sociais que ocorrem num ambiente físico de trabalho. Às vezes sinto falta de ter conversas sobre amenidades (o que os americanos chamam de “water cooler talks”), almoçar com o pessoal, do happy hour…essas coisas que ajudam a construir as relações entre as pessoas. O trabalho distribuído é um pouco mais solitário. Para compensar, tento aproveitar ao máximo o tempo com as pessoas quando estou no escritório.

Finalmente, acho que a coisa mais importante para quem pensa em trabalhar dessa forma é que é necessário ter muito foco e disciplina, bem mais que trabalhando em escritório. Criar rituais para começar e parar de trabalhar ajudam muito. Para mim também faz super bem não ficar sempre em casa. Sair para almoçar e trabalhar de um café para ver pessoas diferentes ajuda a dar uma variada na rotina. Fazer atividade física também é ótimo para se desligar um pouco e sair do mesmo ambiente sempre. Gostaria de deixar uma dica de leitura: o livro Remote, que é uma referência excelente para quem quer embarcar nessa vida distribuída!”

*Por Aíquis Gomes, Product Manager da Pier

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